sábado, 22 de setembro de 2012

Inglaterra: Ken Follet e seu Mundo Sem Fim



Mais um livro genial! Daqueles de começar e nunca mais parar de ler. A obra de Ken Follet (Editora Rocco, 2008, 939 páginas, tradução de Pinheiro de Lemos) é protagonizada pelos descendentes dos personagens de seu romance de maior sucesso, "Os pilares da terra". Desta vez, Follett acompanha a trajetória de quatro crianças que presenciam um cri­me e se comprometem a mantê-lo em segredo. Apesar das diferenças sociais que os separam em plena Idade Média, pelas três décadas seguintes suas vidas seguem se entrelaçando, em encontros e de­sen­contros que geram todo tipo de sentimento, do maior amor ao ódio mais profundo. A história se passa no interior da Inglaterra.



Outro livro que inspira a viajar



Este livro de Érico Veríssimo (Cia das Letras, 2006, 477 páginas) narra sua visita aos Estados Unidos, em 1941, bem como as palestras que por lá proferiu. Traz junto as suas impressões sobre a América. Leitura leve e descontraída.

Em janeiro de 1941, como parte do programa de Boa Vizinhança instituído pelo governo norte-americano, Erico Verissimo embarca no vapor Argentina para passar três meses nos Estados Unidos. Diz ao oficial da alfândega que pretende "viajar, ver pessoas e coisas" e, "se não houver outro remédio", fazer conferências.

Que país o escritor brasileiro encontra? Os jornais americanos perguntam aos leitores se o governo deve ajudar a Grã-Bretanha contra Hitler, Washington exibe uma segurança frouxa - é possível entrar na Casa Branca como "quem entra num lugar público" - e Hollywood se mostra uma "cidade murada e proibida". Os americanos desconhecem o Brasil, e Erico não se surpreende quando, para agradá-lo, alguns salpicam na conversa termos como fiesta e adiós.

A cultura e a política americanas são tratadas com humor, faro jornalístico e olho de romancista. Erico também fala da miséria e da segregação racial. Percorre o país de costa a costa e conhece grandes escritores e artistas, como Thomas Mann, Somerset Maugham, Orson Welles, Walt Disney e Alfred Hitchcock. 

Para seu autor, este livro é o "relato simples e objetivo de um passeio que foi, antes de mais nada, o feriado dum contador de histórias". Com a graça e a leveza típicas de um gostoso repouso momentâneo, Gato preto em campo de neve mostra um povo e uma nação pelos olhos de um romancista.

Boa Leitura!


Livros que inspiram a viajar.




Mais um post da série livros que inspiram a viajar. Este livro muito bem escrito por  Jeanne Kalogridis (Ediouro, 2007, 437 páginas) traduzido por Marcos José da Cunha) te leva para uma Florença dos tempos de Da Vinci. Retrata, com riquezas de detalhes como era a vida nesta cidade italiana. E, também, dá a sua versão para a obra mais famosa de Leonardo Da Vinci.

Sinopse:

Abril, 1478. Giuliano de Medici, irmão de Lorenzo, o Magnífico, chefe da mais poderosa família florentina, é brutalmente assassinado. A cidade se abala e, por toda parte, artistas renomados, como Michelangelo, lamentam a perda.Dez anos mais tarde, o monge Savonarola inicia sua fervorosa pregação contro os princípios que regem Florença: o prazer na decadência e na destruição, a audácia na transfressão e queima pinturas, livros e esculturas com a mesma facilidade com que manda homens para a morte.
É em meio a esse turbulento cenário que a jovem Lisa Gherardini, então com 12 anos, ouve a história do assassinato de Giuliano de Medici, sem ter consciência de que é a chave para seu passado e seu futuro. Atraída para o círculo íntimo da família por sua paixão pelas artes, Lisa apaixona-se pelo sobrinho de Giuliano. Mas, quando são obrigados a se separar, Lisa encontra apoio no protegido mais brilhante da família: Leonardo da Vinci. Nasce um romance empolgante, uma sinfonia repleta de notas dissonantes: amor e orgulho, ódio e assassinato.
Eu, Mona Lisa é uma intricada história de traição e perda, que apresenta explicações - tão evidentes como notáveis - para os mistérios que envolvem o famoso retrato de Da Vinci.
 

Assim começa o livro:

Meu nome é Lisa di Antonio Gherardini, embora os conhecidos me chamem simplesmente de Madona Lisa, e as pessoas do povo, de Mona Lisa. Minha imagem foi gravada em madeira, com óleo de linhaça fervido e pigmentos escavados da terra ou triturados de pedras semipreciosas e aplicados com pinceis feitos de penas de pássaros e do pelo sedoso de animais. Eu vi a pintura. Ela não se parece comigo. Olho fixamente para ela e, em vez de meu rosto, vejo os rostos de minha mãe e de meu pai. Escuto, e é a voz deles que ouço. Sinto o amor e a tristeza deles, e testemunho, repetidamente, o crime que os uniu; o crime que os uniu a mim. Pois minha história não começa com meu nascimento, mas com um assassinato cometido no ano que o precedeu...

Boa leitura!



domingo, 16 de setembro de 2012

Audiência Crioula - Semana Farroupilha/RS - 2012



Pelo segundo ano consecutivo participo de uma audiência crioula. Para quem não sabe, é uma audiência de verdade, em que se instrui e julga um processo de verdade. A deste ano integrou a cerimônia de abertura da Semana Farroupilha de Taquaruçu do Sul, município integrante da Comarca de Frederico Westphalen. E o diferencial foi a chegada a cavalo, após uma cavalgada, carregando a Bandeira do meu querido Rio Grande do Sul. Momento para nunca mais esquecer.


Do saite Zero Hora on line :


Audiência crioula é realizada em praça de Taquaruçu do Sul

Encontro teve manifestações, pareceres e até sentença em versos gauchescos

Audiência crioula é realizada em praça de Taquaruçu do Sul Karine Zanatta/Especial
Audiência foi realizada na noite de sexta-feira no norte do EstadoFoto: Karine Zanatta / Especial
Com rimas e versos, a Justiça se vestiu com o traje de gala do gaúcho para dar sentença a um processo em praça pública. A audiência crioula ocorreu em Taquaruçu do Sul, no norte do Estado, na noite de sexta-feira. 

Juiz, promotora e escrevente chegaram à cidade à moda antiga, a cavalo. Pilchados à rigor, participaram da entrega da centelha farroupilha, para então aboletarem-se na sala de audiências improvisada, tendo o céu por teto. 

Com manifestação do advogado, parecer do Ministério Público e até oitiva de uma testemunha, o juiz completou os versos para dar ganho de causa ao Autor do processo. 

O agricultor Luiz Carlos de Oliveira, que nasceu em 1952 mas só foi registrado um ano depois, e pedia a retificação do registro de nascimento, saiu da audiência um ano mais velho, com a benção do patrão lá do céu e da Justiça da terra.



O meu parecer, escrito por mim, foi o seguinte:


Nossa riqueza é nosso chão
Nosso povo e nossa cultura
Nosso mate de erva pura
Que segue de mão em mão
No calor do galpão, a família
Se reúne mais uma vez
Para assistir neste mês
Uma Audiência Farroupilha.

Taquaruçu do Sul nos recebe
Na abertura desta Semana
Com uma cavalgada que irmana
Peões e prendas em sua sede
E agora, após a abertura
Com o apoio da comunidade
Vamos mostrar à cidade
Que audiência também é cultura.

É sempre um momento especial
A nossa Semana Farroupilha
O pai, a mãe, o filho, a filha
Reunidos neste mesmo ritual
De botas, bombachas e lenço
Saboreando um bom churrasco
E que o tempo nos dê espaço
Para um bailecito bagual.

Momento de cultura e diversão
É esta festa bem campeira
Tem xote, bugio, tem vaneira
Tocando em cada galpão
Mas também tem a lembrança
Daqueles que fizeram história
E de batalhas inglórias
Lutaram com esperança

A luta aqui no processo
É outra, mais amena
Uma alteração pequena
Que deve ter sucesso
Pois a data do nascimento
Deste senhor que aqui está
Precisa ser modificada
Pelo juízo neste momento

Luiz Carlos de Oliveira
De Palmitinho agricultor
Neste processo é o autor
De uma tese que semeia
A de que nasceu muito antes
Do efetivo registro ser feito
Erro que vai ser desfeito
Muito em breve, num instante

Diz a certidão de nascimento
Que nasceu em cinquenta e três
No dia onze, julho o mês
Mas o erro em comento
Conhecido do requerente
É que foi um cinquenta e dois
E não um ano depois
Que nasceu este vivente.

Lendo os autos se comprova
Do pelo autor afirmado
Pois foi juntado um atestado
Que serve, sim, como prova
É a certidão de batizado
De Luiz Carlos, o requerente
Que foi trazido pra gente
Como prova do alegado.

Ali consta que o sacramento
Foi recebido em cinquenta e três
No mês de fevereiro teve vez
Este sagrado momento
Testemunhado por padrinhos
E também por familiares
Que se juntaram aos milhares
Para abençoar o menino.

Como pode a Igreja Santa
Em equívoco laborar
Se tem registro a corroborar
O que Luiz Carlos sustenta?
Pois não pode receber o batismo
Nem mesmo outro sacramento
Se no especial momento
O sujeito não tenha nascido.

 Esse erros são comuns
Em documentos de antigamente
Pois não muito raramente
Não se registravam alguns
Muito pouco se ia ao povoado
Era lá de quando em vez
Nem pensar ir todo mês
Eram poucos os trocados.

E quando se ia à cidade
Tinha tudo pra resolver
Tinha as compras a fazer
E o tempo escasso, barbaridade
Se aproveitava essa ocasião
Para se fazer os registros
E pagar alguns títulos
Que estivessem à mão.

Do autor a madrinha
Deu aqui sua versão
Que o batizou no verão
E acabou com a picuinha
Era fevereiro de cinquenta e três
Ela se lembra muito bem
Pois foi ela própria quem
A cruz na testa lhe fez.

Importante ainda considerar
Que o pedido é possível
Que o direito é visível
Que o Parquet deve se manifestar
Porque o interesse é público
Que deve ser tutelado
Pois todo o registro alterado
não pode ser feito de súbito.

 E assim eu me despeço
Dessa tarefa de rimas
A opinio está dita
E este é um bom começo
Ao juiz, sua Excelência
A quem incumbe a decisão
Que a sentença venha com a razão
Opinando o MP pela procedência.

(Andrea Almeida Barros - Promotora de Justiça)


E tenho dito!




sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Você nunca pensou em viajar? Não acredito!


Viajar é, para mim, a melhor forma de você investir o seu dinheiro. Além de conhecer lugares novos, você aprende a se virar por conta (ou quase). 

Você pode viajar em grupo, com tudo organizado por uma operadora de turismo. Você só tem que ficar pronto no horário e curtir os passeios (que te oferecem). Você terá a companhia de um guia e qualquer dificuldade pedirá ajuda a ele.

Você pode viajar sozinho ou com amigo, namorado, marido, etc. Pode comprar um roteiro pronto e segui-lo. Ou pode comprar as passagens e se virar por sua conta (aqui a chance de você ter experiências únicas são enormes). 

Tem viagem para todos os gostos. Tem viagem para todos os bolsos. 
Ah, e tem os vários saites de compras coletivas, que tem ajudado muito nisso.

Tenho dito, e essa observação eu já faço há algum tempo, que está muito caro viajar no Brasil. Atualmente, é a hora de se investir em viagens ao exterior. Os preços estão atrativos e as condições de pagamento, também. Aí você me pergunta: mas e o dinheiro que tenho que levar? Bom, se você quiser fazer todas as refeições em restaurantes 5 estrelas, você vai ter que se preparar financeiramente, sim. Mas você pode passar alguns dias comendo de uma forma mais simples - digo, saboreando a comida de rua, ou sanduíche, ou pizza, etc. Em toda e qualquer cidade que você for vai ter um mercado, vai ter uma feira de rua. Aproveite e se entregue aos sabores locais. Faz parte dessa experiência. Eu, por exemplo, não sou fã de frutos do mar, mas no Peru, em pleno mercado público, comi Conchitas de Abanico, que para nós se chama Vieira. Se gostei? Não achei ruim e comeria de novo. Mas o fato de experimentar um sabor diferente me incentivou a prová-la.

E a comunicação? Bem, essa sempre foi uma das minhas preocupações (e por isso estudo idiomas há anos - sou fluente em espanhol, falo bem francês e agora estou me dedicando ao inglês - aliás, precisando ir para um lugar que eu me obrigue a me comunicar nesta língua, sem que o espanhol fale mais alto!). Mas já percebi que a comunicação existe ainda que por gestos. Não precisa haver uma troca formal de perguntas e respostas. Basta a boa vontade de ambos os lados. Se o seu destino é turístico, sempre vai ter alguém que vai ajudar. A preocupação (?) talvez surja se você for visitar um vila no interior do interior da Índia ou do Japão ou da Rússia ou da Mongólia... Mas de resto, é muito tranquilo.

Quanto a hoteis, hoje a oferta é enorme. Eu não exijo hoteis luxuosos, até porque é no hotel onde eu menos vou ficar. Para mim basta que seja limpo, tenha uma boa cama e um bom chuveiro, calefação adequada e que seja bem, mas muito bem localizado. De resto, nada me faz falta. As opções mais em conta são albergues e hostels, que estão espalhados pelo mundo todo. E você não precisa ser jovem ou andar de mochila nas costas para neles se hospedar.

Ultimamente tenho optado por alugar apartamento nos destinos onde fico mais do que 3 noites. Uma porque é mais barato; outra porque você pode preparar seu café da manhã e seu jantar em casa, economizando muito. Também porque se fica mais à vontade. Uso muito o Airbnb e o HomeAway. Sempre tudo certo!

Viajar é uma experiência em todos os sentidos. Ao invés de gastar com roupas novas, gadgets eletrônicos de última geração ou, sei lá, festas, economize e vá viajar. Sempre você voltará com uma boa história para contar e muitas risadas para dar.

E a internet é a sua grande aliada para isso. Hoje em dia, existem muitos saites e blogues especializados em informações de viagem. Basta que você tenha tempo e paciência para sentar, pesquisar e ler. Também, tem aquele guia especializado no seu destino que você pode levar na bolsa. Ah, é caro? No seu hotel você terá todas as informações de que necessitar. E de uma forma gratuita.

Bon voyage pour vous!





sábado, 8 de setembro de 2012

Maceio - Alagoas

foto da internet

Maceió é a capital do Estado de Alagoas. Está localizada entre a Lagoa do Mundaú e o Oceano Atlântico. O formato das praias da Pajuçara e da Avenida forma um M, o M de Maceió.

Tudo bem, estive lá há dez anos. Mas como esquecer da beleza da Praia da Ponta Verde? Das piscinas naturais da Pajuçara e seus passeios de jangada? Da feirinha da beira da praia à noite? Das tapiocas nas banquinhas da beira da Praia da Ponta Verde? Da água verde do mar de Maceió? Da praia do Gunga e seus coqueirais? Do Velho Chico desaguando no mar? Do voo de ultraleve e do mergulho em Maragogi? Das Dunas de Marapé?  E das musiquinhas que cantam Maceió e que ficam grudadas como chiclete na cabeça dos turistas?

Dez anos depois, ainda canto volta-e-meia: ai que saudade do céu, do sal, do sol de Maceió. M de mar, A de amor, C de carinho, sol e mar de Maceió, E de eterno, I de ilusão, Oh, Maceió você roubou meu coração.

Maceió é uma das mais belas (e baratas) capitais do Nordeste. Há muito o que fazer. Há bons bares e restaurantes. Você pode encontrar informação atualizada aqui e aqui.


Lembro de ter ido na Vila das Rendeiras, onde comprei filé por um preço bem acessível. Disseram que o por-do-sol na Lagoa Mundaú é inesquecível, mas não fui averiguar.



Ah, e não se esqueça de trazer suas sementes de piriquiti para dar sorte.


foto da internet

E para entrar no clima, ouça as musiquinhas de lá. Impossível esquecer Maceió.






sábado, 1 de setembro de 2012

Ainda o Peru: Depoimento gravado em Cusco para a Machu Picchu Brasil, nossa operadora.


Todo mundo já sabe que fui para o Peru em fevereiro tendo contratado a Machu Picchu Brasil e que já a elogiei muito, tanto no facebook, como aqui no blogue. Aqui está o depoimento que gravei em Cusco para a empresa, porque foi assistindo a outros depoimentos que me convenci da seriedade da empresa. 

Mais uma vez, indico a MPB para a sua viagem ao Peru.