domingo, 15 de janeiro de 2017

De Cusco para Puno de ônibus


 Quando fechei o roteiro com a Machu Picchu Brasil, incluí a ida até Puno, para visitar Uros. Esse trajeto é feito em ônibus confortável e leva o dia inteiro. São 8 horas de viagem, com 5 paradas pelo caminho. 


Andahuaylillas




A primeira é em Andahuaylillas, uma rica igrejinha (San Pedro de Andahuaylillas), que fica no vilarejo de mesmo nome, toda pintada à mão por dentro. É considerada a "Capela Sistina da América' pela importância dos afrescos, todos da principal escola cusqueña. Foi construída pelos Jesuítas, no final do século XVI.

Em seu interior se destacam algumas obras importantes: a Virgem da Assunção, de Esteban Murillo. Além delas, há um órgão, ourives de prata e um altar barroco. Percebe-se, também, resquícios da construção inca. 

Conta-se que para catequizar os incas, os jesuítas instalaram espelhos nas suas paredes e diziam àqueles que a imagem que ali aparecia era a de seu espírito. Em razão disso, era preciso acreditar em um único Deus, abandonando o politeísmo.

A Igreja se situa na Praça de Armas de Andahuaylillas. Ali você adquirir artesanato andino com bons preços.


 Raqchi


 O Parque Arqueológico de Raqchi é muito grande e foi construído em diferentes períodos. A primeira parte, foi edificada no reinado de Virachocha. Depois, entre 1439 e 1471, durante o governo de Pachacutec, foi a segunda etapa. Por fim, entre 1471 e 1493, no governo de Tupac Yupanqui, ocorreu a finalização.


 Este é o maior templo inca encontrado. Possui 92m de comprimento e 25 de largura. É chamado de Templo Wiracocha. Das 22 colunas, apenas uma está em pé.


No local ainda é possível visitar os recintos das casas, rodeadas de muros de pedra. Destacam-se os nichos trapezoidais, característicos da arquitetura inca. Além delas, visitam-se as colcas, com seu formato circular para guardar a colheita, e o banho do Inca e Usno. 





Sicuani


Aqui a parada foi para o almoço, um buffet de comida peruana.
No cardápio, dentre outras delícias, papas a la huancayna, arroz chaufa, pollo frito, salteado de sardina, lomo salteado, além de saladas diversas.

Aproveitamos para ver lhamas de perto.
 


 La Raya
 
Chegamos no quarto ponto de parada: o local mais alto do roteiro, 4335 metros acima do nível do mar, chamado La Raya. É a divisa entre Cusco e Puno. Vê-se o nevado de Chimboya, onde nasce o Vilcanota, o rio sagrado dos incas.
 



 Pucara




Descobrimos que ali é a cidade em que são feitos os touros de barro que são colocados em cima das casas de muitos peruanos. A tradição é ter dois pequenos touros no telhado para proteção e sorte. A única dúvida que fica é por que touros, se o país não é conhecido pela sua criação? De acordo com o guia, a explicação mais lógica é a influência espanhola, que veio com o fim do Império Inca. Em alguns casos, além dos bois, há espumantes, uma cruz, e outros amuletos, tudo para atrair boas energias ao casal que ali habita.



Visitamos o museu pré-incaico, com diversas peças do período. Muito interessante.


A igreja estava fechada. Mas vimos cenas pitorescas acontecendo por ali.


Dali seguimos direto para Puno. Uma cidade cujas casas não são rebocadas ou pintadas porque daí aparenta estar em construção, sendo menor o imposto. Isso dá uma sensação muito estranha para quem chega, porque não é uma cidade bonita, embora seu povo seja extremamente acolhedor.



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