domingo, 30 de abril de 2017

Museu Van Gogh - Amsterdã


Bem próximo ao Rijksmuseum (cerca de 200m), está o Museu do Van Gogh, dividido em duas partes: exposição temporária e exposição permanente. Nesta, a história do genial Vincent Van Gogh; naquela, quando fui, havia uma exposição de outro artista, cujo nome não lembro, mas a obra era comparada à de Van Gogh. Era fantástica a exposição.

Comprei o ingresso na hora. Perdi uns 45min na fila, que é organizada segundo esses monitores. Custou 22 euros com direito ao audioguia, disponível em 10 idiomas. Sem o equipamento, custa 17 euros. Menores de 18 anos não pagam (aliás, acho sensacional essa política de menores não pagar ingresso. É um baita incentivo às famílias visitarem os museus locais).


Até os ingressos são lindos!



No interior do museu somente é permitido fotografar no saguão. Na parte das obras, é proibido e tem muito segurança para cuidar. 


Conheça as demais informações do museu:



 De todas as lojinhas de museu que já fui, sem sobra de dúvidas, a melhor, mais colorida, mais bonita, mais cheia de coisas lindas para comprar é do Van Gogh. Dá vontade trazer para casa tudo o que tem lá dentro. 

Mas o que eu achei mais legal de conhecer a obra dele é perceber as suas fases emocionais e a evolução do seu traço. Sim, ele foi um gênio da pintura! Conheça os highlights de sua obra clicando aqui.

Num trecho de uma carta datada de 14 de outubro de 1888, que Van Gogh enviou ao seu irmão Theo,  importante marchand da época,  ele disse: Meu caro Theo, não posso fazer nada se os meus quadros não vendem. Mas chegará o dia em que se verá que valem mais do que o preço das tintas que uso neles, e mais do que a minha própria vida. Teria sido uma previsão, já que vendeu apenas um quadro durante sua vida inteira? Theo guardou a obra de seu irmão e a deixou como herança para a suas esposa Jo. Após, seu filho Vincent Willem a recebeu e decidiu fundar, em 1962, o museu.

Veja a planta do museu (ele não é pequeno e tem muita, mas muita informação para ler e ver):


Não esqueça de pegar o cartão de desconto no seu hotel:


E vá ser feliz no Van Gogh Museum!!!


Esse era, sem dúvidas, um dos meus highlights. Desde que descobri que esse museu existia, ele passou a constar da minha wishlist. Fiquei outras 3h dentro dele. Logo, se você, assim como eu, curte arte, deixe um dia inteiro para visitar este museu e o Rijksmuseum.

Tenho por filosofia de que pagar o ingresso - geralmente caro - para olhar correndo não vale a pena. Se pago o ingresso, 'uso' ele até o último suspiro. Olho tudo com calma. Sento, observo as obras e as pessoas. Não tenho pressa. Absorvo tudo o que me interessa. Aprendo muito.

E você, como gosta de visitar museus? Conte pra gente.








sexta-feira, 28 de abril de 2017

Rijksmuseum - Amsterdã



O Rijksmuseum é um dos mais importantes museus do mundo, especialmente porque é o maior museu nacional de história e de arte antiga da Holanda As obras ali abrigadas são datadas, especialmente, entre o fim da Idade Média e o início do século XX. O prédio foi construído para ser a sede do museu, ao contrário dos demais, que ocupam prédios já existentes.

Segundo o saite oficial do museu, os visitantes podem realizar uma viagem no tempo e, assim, experienciar a beleza e a passagem do tempo. A história dos Países Baixos é apresentada num contexto internacional e de forma cronológica, dividida por quatro pisos e 80 salas.

O museu é realmente enorme. Não o subestime... Reserve logo meio dia para passear calma e tranquilamente pelas suas galerias, abarrotadas de obras de arte importante.
Chegada ao saguão principal. Vê-se o café. Abaixo dele, a lojinha


O guardarroupas e o acesso ao museu. No final do corredor, o local para a compra do ingresso.
O ingresso adulto custa 17,50 euros. Menores de 19 anos não pagam. Um convite para um belo passeio em família. O museu funciona todos os dias, das 9h às 17h. Tem audioguia, pago à parte.

Abaixo à esquerda, cenas da Holanda (George Hendrik Breitner,  The Damrak, 1903, e View of the Oosterpark, 1892) . À direita, Retrato de Alida Christina Assink (Jan Adam Kruseman, 1833).



Willian Rex

Biblioteca

Porcelanas de Delft
 À esquerda (abaixo),  a coroa do Rei de Ardra. À direita, Mary Stuart, Princess of Orange, as Window of William II, Bartholomeus van der Helst, 1652.



O banquete da guarda cívica - A celebração da Paz de Münster - Bartholomeus van der Helst (1648)

Ronda da Noite, de Rembrandt (1642), 

A noiva judia - Rembrandt (1665-1669)

Abaixo, à esquerda, vista de Casas em Delft ("A Ruela"), de Johanes Vermeer (1658).




O encontro entre Joaquim e Anna (1460-1480)

Joias
Abaixo, a planta baixa do museu. Você pode observar que ele é enorme. Então, programe-se.






 Mais informações, você consegue acessando o sítio do Museu.

Até o próximo post!

domingo, 23 de abril de 2017

Casa de Anne Frank - Amsterdã




Visitar a Casa de Anne Frank é quase uma obrigação para quem vai a Amsterdã. Sem sombra de dúvidas, é um dos highlights da cidade, ao lado do Van Gogh Museum e do Rijksmuseum. 

Anne Frank nasceu na Alemanha, em 12 de junho de 1929. Ainda menina, tendo em vista a ascensão de Hitler naquele país, Otto Frank decide se mudar para a Holanda, em busca de uma vida melhor para si e sua família, todos judeus. Com a invasão alemã, a família e mais quatro pessoas se escondem  no Anexo Secreto, construído dentro do próprio prédio comercial de Otto, localizado no Canal Prinsengracht, nº263. Apenas poucas pessoas disso sabiam e eram o contato deles com o mundo exterior. Assim permaneceram por dois anos, quando foram descobertos e enviados para os campos de concentração. De todos, apenas Otto sobreviveu.

Foi durante esse período de confinamento que Anne escreveu seu diário, narrando o dia-a-dia do Anexo Secreto e os acontecimentos externos que chegavam ao seu conhecimento, refletindo sobre eles. O diário e outros documentos escritos pela menina foram encontrados pela secretária da empresa de Otto, Miep Gies, logo após a invasão do Anexo, e a ele entregue por ela quando do seu retorno da Alemanha. O depoimento de Otto é de arrepiar (você pode vê-lo (e se emocionar) numa das últimas peças do Museu, quando ele se refere que lendo o diário ele conheceu outro lado de sua filha, emocionando-se com as palavras dela. Imediatamente decidiu publicá-lo, tornando-se, assim, um dos maiores best sellers da literatura mundial*.  

Reserve ao menos duas horas para visitá-lo. O local é grande, tem muitas informações para serem lidas e muito a ser sentido, percebido, absorvido. Não tem como sair de lá indiferente aos acontecimentos da época, independentemente de você ter lido o livro ou não. O Anexo Secreto possui uma atmosfera densa, pesada, mas que demonstra como foi a vida daquelas 8 pessoas ali durante dois anos.

Outra questão é a fila. A qualquer horário você vai enfrentar fila, a menos que você compre o bilhete pela internet, com horário marcado para entrar. Mas eu afirmo: vale a pena cada segundo de espera. Ao final, compre o livro ou o diário e vá ao café para descontrair um pouco. 

Para maiores informações, acesse o sítio do Museu. Não é permitido fotografar em seu interior e a acessibilidade é limitada, especialmente no Anexo Secreto, que se dá por uma escada estreita e bastante íngreme.



Esse museu deve integrar o seu roteiro por Amsterdã. Bom passeio!

* As informações acima integram o diário de bordo da autora e foram coletadas no próprio museu.

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Amsterdã


Amsterdã é a capital do Reino dos Países Baixos e, também, a sua cidade mais populosa. A sede do governo não fica aqui, mas em Haia, a cerca de 65km daqui. Seu nome deriva de Amstelredamme (represa do rio Amstel) e sua origem remonta ao século XII, quando ainda era uma vila de pescadores.



Amsterdã é famosa por seus canais interligados em forma de círculos, que foram declarados Patrimônio Mundial pela UNESCO. Eles funcionam como vias de transporte e abrigam as casas-barco, que você pode alugar por temporada. A cidade se encontra abaixo do nível do mar e um poderoso sistema de diques evita o seu alagamento. Aliás, o aeroporto está numa área abaixo do nível do mar...




A cidade é plana o que facilita bastante a caminhada e o seu principal meio de transporte, a bicicleta. Por falar nelas, tome cuidado! Elas têm prioridade absoluta no tráfego. Você pode até alugar uma, mas eu sinceramente não recomendo! Além delas, há carros, bondes, gente, ônibus circulando, tudo ao mesmo tempo. Achei complexo andar lá... a gente tem que se cuidar de todos os lados... Vi um senhor que caminhava distraído quase ser atropelado por um ciclista. Aliás, quase aconteceu comigo! E as sinaleiras são estranhas: não consegui me entender com elas... acabei dando uma de brasileiro e atravessando as ruas do jeito que era possível!





As ruas possuem nomes ininteligíveis (sim, eu parava na frente das placas para juntar aquele monte de consoante e comparar com o mapa para saber para onde tinha que ir, pois todas as ruas acabam se tornando muito semelhantes: um canal, prédios lindos, árvores e mil bicicletas estacionadas!), mas depois que você entende a dinâmica da cidade, não vai se perder. E se se perder, logo vai se achar.


Se você pensa que a maconha lá é liberada, enganado está! A Holanda diferencia drogas leves de pesadas e acaba, por isso, 'tolerando' a existência de coffe shops, onde você pode fazer uso da droga e consumir diversos produtos preparados à base dessa planta (e menores de 18 anos não entram mesmo!). Mas nem pense em sair de lá portando um cigarro de maconha! Você vai se incomodar com a polícia local*.


Vi muitos produtos preparados à base de maconha (aliás, são muitas as espécies e as finalidades). Desde bebidas, até cookies e pirulitos. Vi, também, cremes, xampus e sabonetes, todos alegadamente medicinais. Confesso que comprei, por total curiosidade, um pirulito, que não tinha gosto de nada (não, não deu barato nenhum!). 

No Mercado das Flores, ao lado das sementes de tulipas e de muitas outras plantas, sementes de cannabis são vendidas, pois até 5 pés de maconha por pessoa podem ser cultivados. Para estes casos, embora seja crime, a pena é de multa e o processo é arquivado pela polícia.

No Red Light District tem o Museu da Maconha. Estive na porta e desisti de entrar, pois o preço do ingresso era 15 euros (a Casa de Anne Frank é 9...). Além disso, pareceu muito mais coisa para pegar turista do que algo realmente imperdível.



Por falar em Red Light District, uma observação. Você não pode fotografar as prostitutas que ficam nas vitrines, sob pena de ver sua câmera voar para dentro do canal por um segurança. A profissão é regularizada e imposto é pago. Sim, elas estão expostas em vitrines 24h por dia. Se a cortina estiver fechada, estão fazendo programa. O bairro, mesmo assim, é seguro. Até por volta de 22h é tranquilo de se andar por ali, pois tem bares, restaurantes, lojinhas e muitas sex shops na região. Depois desse horário é melhor evitar, a menos que você saiba muito bem qual é seu objetivo lá.

Na volta da Delirium eu acabei me perdendo e quando dei por mim estava na frente do Museu da Maconha, ou seja, precisava voltar tudo para poder chegar no hotel, que era próximo à estação. Deu medo, pois já era 22h30min. Entretanto, nada aconteceu. Nenhuma piadinha sem graça ou abordagem com qualquer objetivo. Mas o clima já é outro...




Gostei, mesmo, dos queijos. Tem de muitos tipos e cores. Todos deliciosos. Quanto mais tempo de maturação, mais fortes. E são perfeitos se acompanhados da cerveja local. 



Amsterdã encanta. A cidade é linda para qualquer lado que se olhe. E tem muitas atrações. São muitos os museus para serem visitados. Uma dica? No seu hotel pegue pequenos cartões que dão descontos ou pequenos brindes nos locais de visitação. E aproveite ao máximo seus dias nessa encantadora cidade.






Chegando em Amsterdã por Schiptol, o aeroporto internacional, você precisa se deslocar para a Estação Centraal (assim mesmo, com duas letras 'a') e a melhor forma é ir de metrô. Aliás, o aeroporto é um grande shopping, tem de tudo. Dali você consegue seguir o seu destino facilmente. O tíquete custou 4,10 euros.


Nós passamos o segundo perrengue aqui... pegamos o trem errado, porque é complicado você chegar e encontrar diversas consoantes juntas na mesma placa, sem ter noção do que está escrito. Encontramos a plataforma e entramos no primeiro trem que chegou e não era. Mas o fiscal deve estar beeeeeeeeeeeem acostumado. Disse que estávamos no trem errado, que o nosso era o próximo e que era para descermos na próxima estação e aguardar. Assim fizemos e chegamos a Amsterdã.

Como toda a cidade grande, cuidado sempre tem que ter com os pertences pessoais, principalmente em locais turísticos, com grande aglomeração de pessoas. Mas ser roubado você não vai. Pode ter sua carteira surrupiada de seu bolso ou bolsa sem perceber por um pickpocket qualquer. Amsterdã é segura, sim, como qualquer capital europeia. Mas não baixe a guarda nunca para evitar perrengues!


Quanto ao mais, aproveite - e muito! - sua estadia em Amsterdã. Seja feliz lá!


Até o próximo post!


*  Consultei as seguintes páginas: Ducs Amsterdam e Amsterdam.info.